sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Chamado Sagrado: Cuidar das Águas é Cuidar do Sagrado!

Comunidade afro-religiosa, este é um convite feito com o coração e com o axé das águas que nos dão vida!

Sabemos que, na nossa fé, a natureza não é apenas cenário — ela é templo, é ancestral, é divindade. Rios, córregos, nascentes e mananciais são corpos sagrados que sustentam nossos rituais, nossas oferendas e nossa conexão com os Orixás, Voduns, Inkices e Encantados. Cuidar dessas águas é cuidar de nós mesmos, da nossa espiritualidade e do futuro das próximas gerações.


Por isso, convidamos você para participar de um curso gratuito e transformador

Monitoramento Participativo da Qualidade da Água com Carmen Correia  

Jardins de Chuva na Serrinha – Aprendendo a cuidar das águas


📅 Datas: 

- 03/10 – das 19h às 21h30  

- 04/10 – das 9h às 17h (almoço e coffee inclusos!)  


📍 Local: Instituto Oca do Sol – Córrego do Urubu  


🎓 Certificado de 40h** (oficina + atividade de campo)


Nesta capacitação prática, você vai aprender a observar, medir e acompanhar a qualidade das águas dos nossos territórios, fortalecendo o protagonismo comunitário na defesa ambiental, uma forma concreta de honrar nossas tradições e proteger os corpos hídricos que tanto reverenciamos.


Vagas limitadas! 

👉 Garanta a sua preenchendo o formulário:  

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Axé nas águas, axé na luta, axé na fé!  

Que Oxum, Iemanjá, Nanã e todos os guardiões das águas abençoem esse encontro de saberes ancestrais e ciência comunitária.


Sua presença é necessária. Sua voz é sagrada. Sua ação, urgente


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

NOTA DE ALERTA: BEBIDAS ADULTERADAS NOS TERREIROS – UM PERIGO MORTAL QUE EXIGE ATENÇÃO IMEDIATA



Por: Ògan Assogbá Luiz Alves

Nos últimos meses, o Brasil tem sido palco de uma tragédia silenciosa, mas devastadora: a circulação de bebidas alcoólicas adulteradas, muitas delas contaminadas com metanol — substância altamente tóxica derivada do combustível —, que já ceifou vidas de forma cruel e evitável. Entre as vítimas mais recentes e emblemáticas está o cantor e compositor Gustavo Hungria, cantor de Hip_Hop, brasiliense de grande expressão nacional, cuja internação em estado grave chocou o país e expôs com urgência os riscos reais que rondam até mesmo os espaços sagrados da nossa religiosidade.

Nos terreiros de matriz africana, especialmente nas giras dedicadas a Exú — Orixá da comunicação, das encruzilhadas e dos caminhos —, é comum o uso ritualístico de bebidas alcoólicas como oferendas e elementos de conexão espiritual. No entanto, é fundamental compreender que o perigo não reside na prática religiosa em si, mas na má-fé e na ganância de criminosos que infiltram o mercado informal com produtos adulterados. Trata-se, portanto, não de uma questão espiritual, mas de um crime contra a vida.

A máfia do combustível, que desvia álcool industrial e o repassa como bebida, não escolhe vítimas: atinge a todos, inclusive àqueles que buscam proteção, axé e equilíbrio nos terreiros. Médiuns, filhos e filhas de santo, frequentadores e líderes religiosos precisam estar em alerta. A segurança começa na procedência. Antes de adquirir qualquer bebida alcoólica — mesmo que seja para uso ritual —, exija nota fiscal, verifique o rótulo, a embalagem original e, sempre que possível, compre de fornecedores confiáveis e legalizados.

Esse cuidado não é desconfiança; é respeito pela vida. É zelar pelo corpo que serve de templo para o Sagrado. É honrar os ancestrais garantindo que nossas práticas continuem vivas, seguras e legítimas.

Que o axé nos proteja, mas que a consciência nos guie. Sua vida é o maior oferenda que você pode fazer aos orixás.

Axé com responsabilidade. Axé com segurança. Axé com vida.

Ògan Assogá Luiz Alves

Representante do FOAFRO-DF, Projeto Oníbodê e Coletivo "Defensores do Axé"

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

*APOIE, DIVULGUE E INCENTIVE O ONÍBODÊ (O PORTEIRO) por uma comunicação ANTI-FACISTA, ANTI-RACISTA e de apoio à Nossa Comunidade Negra e Afro Religiosa com doações a partir de R$25,00 (vinte e cinco reais)*

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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Fé, Resistência e Alegria: Cidade Ocidental - GO, Celebra Ibeji em Ato Público de Empoderamento Afro-Brasileiro


Não foi apenas um sábado de brincadeiras e algodão doce na praça do Friburgo. No último sábado, 27 de setembro, o coração da Cidade Ocidental em GO, bateu forte ao som dos atabaques da resistência e da alegria inocente de Ibeji. O que se viu foi muito mais que uma festa; foi um ato político, cultural e espiritual. Foi a afirmação, em cores vibrantes e sorrisos largos, de que a cultura e a religiosidade afro-brasileira são pilares fundamentais da identidade do município.

A ação, uma poderosa articulação entre agentes culturais e os pontos de cultura Casa Cultural Raízes, Casa Afro-Cultural e Assistencial São Jorge e Coletivo Afro de Cidade Ocidental, com a crucial Casa Espiritualista Nossa Senhora de Fátima e o apoio da Prefeitura, fez da praça um terreiro a céu aberto. O encontro sagrou as celebrações do Dia de Cosme e Damião na tradição católica e, com igual força e protagonismo, de Ibeji para as comunidades de terreiro.

Esta dupla celebração não é mera coincidência calendária. É um símbolo potente da resistência e da sincretização que forjaram a cultura brasileira. E a iniciativa de Cidade Ocidental soube honrar isso, indo além da tolerância para celebrar ativamente a diversidade religiosa como força, não como concessão.

Enquanto as crianças corriam, pulavam no pula-pula e se encantavam com personagens infantis – uma homenagem perfeita à energia jovial e pura dos Ibejis –, ouviam-se vozes firmes que ecoavam pela praça. Lideranças religiosas de axé e respeito, Baba Pedrinho de Oxóssi, Yá Hilka de Oxum e Pai Paulo de Oxumarê, ergueram suas falas como espadas contra a ignorância.

Eles não pediram licença. Eles reivindicaram. Falaram da valorização de uma fé ancestral, do respeito inegociável às tradições de matriz africana e, de forma incisiva, do enfrentamento necessário ao preconceito e à demonização que ainda tentam manchar os cultos afro-brasileiros. Cada palavra era um desfazer de amarras, um passo de dança sobre a intolerância.

Este evento foi um recado claro, dado com a doçura do caruru e a firmeza do ogã: a liberdade religiosa não se negocia, se conquista e se vive. Reunir a comunidade, crianças, pais, fiéis e curiosos, em um clima de confraternização, é a mais poderosa estratégia de desmontar estereótipos. É mostrar que o terreiro é comunitário, é acolhedor, é gerador de bem e de cultura. De

A iniciativa na praça do Friburgo foi, portanto, um ato de coragem e beleza. Coragem para ocupar o espaço público com seus símbolos e sua fé. Beleza para transformar a luta em celebração e a resistência em herança para as próximas gerações. Que o doce de Ibeji distribuído ali seja o alimento simbólico para que a semente do respeito e do empoderamento continue a frutificar em Cidade Ocidental.

O conteúdo deste blog é dedicado à valorização e preservação das culturas e religiosidades de MATRIZES AFRICANA. Respeitamos todas as manifestações de fé e repudiamos qualquer forma de intolerância religiosa, vindo externa ou internamente de NOSSA COMUNICADADE.

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Nascimento de Três Iyáwòs na Morada da Serra: Um Ato de Resistência e Continuidade do Axé em Águas Lindas de Goiás

Por Ògán Assogbá Luiz Alves / PROJETO ONÍBODÊ

Águas Lindas de Goiás - GO - Na noite de domingo, a Morada da Serra, no terreiro sob a condução espiritual de Babá Wagner de Oxumarê, os atabaques ecoaram com força ancestral. O som sagrado anunciava o nascimento de três novas vidas para o Axé: um filho de Omolú, uma filha de Oxumarê e outro de Oxalá. O toque, carregado de energia, fé e ancestralidade, marcou mais um momento de renovação e fortalecimento da comunidade afro-religiosa do Entorno do Distrito Federal.

Como é tradição na casa, Babá Wagner e seus filhos de santo receberam a todos com o carinho, a educação e a generosidade que sempre definiram a identidade daquele terreiro na Morada da Serra. A cerimônia, realizada com rigor litúrgico e profunda devoção, foi também um ato político de resistência — um grito coletivo contra o racismo religioso que ainda insiste em tentar silenciar os terreiros.

“Quando nasce um Iyáwò, nasce uma nova possibilidade de continuidade. É mais um passo firme na afirmação de que ainda estamos e sempre estaremos aqui”, como sempre afirmou Ògan Assogbá Luiz Alves em sua  luta por visibilidade, respeito e liberdade religiosa.

A cerimônia contou com a presença de importantes lideranças da comunidade afro-religiosa regional. Entre os convidados estavam Mãe Vilcilene de Jagun, Babá Omisilê, Pai Juarez de Oxalá, Babá Obalajô, Mãe Laiane de Oxun, além do Ògán Professor Félix, vice-presidente da ATRACAR-GO . A diversidade de casas e tradições presentes reforçou a unidade e a solidariedade que movem a comunidade de terreiro no Entorno do DF.

Como representante do Projeto Oníbodê, do Coletivo de WhatsApp “Defensores do Axé” e do FOAFRO-DF, tive a honra de testemunhar esse Momento Sagrado. A energia que permeou o ambiente era de pura devoção, mas também de coragem. Em tempos em que os ataques a terreiros se intensificam  - seja por meio de discursos de ódio, vandalismo ou tentativas de criminalização -, cada toque de atabaque é um ato de insurgência espiritual.

O Egbé localizado na Morada da Serra, localizada em Águas Lindas de Goiás, segue firme como um dos pilares da resistência afro-religiosa na região. Mais do que um espaço de culto, é um território de memória, cura e pertencimento. Ontem, ao celebrar o nascimento de três Iyáwòs, a casa reafirmou seu compromisso com a ancestralidade, com a tradição e com a luta por um Brasil que respeite, de fato, a diversidade religiosa.

Enquanto os atabaques ecoam, o Axé permanece. E com ele, a certeza de que "nossa fé não se cala, nossa cultura não se apaga e nossa resistência não se negocia!".

Ògan Assogá Luiz Alves

Representante do FOAFRO-DF, Projeto Oníbodê e Coletivo "Defensores do Axé"

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

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Axé e Alegria no Toque em Homenagem ao Seu Boiadeiro Zé da Mata de Mãe Déia Talamungongo

 Por Ògan Assogbá Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

O domingo em Águas Lindas de Goiás foi tomado por uma energia contagiante, um misto de fé, alegria e tradição no Toque em Homenagem ao Seu Boiadeiro Zé da Mata, no Nzo Nganga Muxitu Jussara dirigido pela querida Mãe Déia de Talamungongo. O terreiro, pulsante com o ritmo dos atabaques e o calor da comunidade, recebeu diversas autoridades e filhos de fé da Religião de Matriz Africana de Águas Lindas, Brasília e territórios vizinhos, todos unidos para celebrar a força e a lida desse importante Boiadeiro.

A festa anual, que já se tornou um ponto de convergência da nossa fé, foi mais uma vez um retrato da vitalidade da nossa religiosidade. O clima era de pura celebração, um verdadeiro batuque no pé-de-ogã, onde a reverência se misturava ao sorriso fácil e só ter ao abraço fraterno. A presença maciça de líderes e representantes de diversas casas demonstrou o respeito e a admiração que Mãe Déia e seu Boiadeiro conquistaram ao longo de uma trajetória dedicada ao axé.

E para abrilhantar ainda mais essa noite especial, veio diretamente de São Paulo o talento do renomado Gil da Viola. Coube a ele o toque especial, e que toque! As cordas de sua viola entoaram louvores de uma sonoridade única, dialogando perfeitamente com a cadência dos ilús e a voz do povo, criando uma melodia que ecoava no coração de todos. Foi um momento de pura magia, onde a cultura caipira se encontrou com a ancestralidade africana, mostrando a riqueza e a diversidade das nossas expressões de fé.

Mãe Déia Talamungongo, uma das nossas mais importantes lideranças, que hoje preside a ATRACAR-GO, estava radiante, cercada por muitos de seus filiados, irmãos e amigos que vieram prestigiar o evento, formando como disse em suas palavras "uma grande família, não importa o segmento ou nação, somos todos uma grande família". Sua presença à frente da associação fortalece ainda mais a luta pela liberdade religiosa e pela organização do nosso povo-de-santo em Goiás.

Estive neste local de Grande Axé, representando oficialmente o FOAFRO-DF, o Projeto Oníbodê e, claro, a força virtual do Coletivo de Whatsapp "Defensores do Axé", mostrando que nossa rede de apoio e fé se estende do mundo físico ao digital.

Para coroar o dia tão abençoado, os convidados foram presenteados com um delicioso churrasco, simbolizando a fartura e a generosidade do Seu Boiadeiro Zé da Mata. A comida, partilhada entre irmãos de fé, fortaleceu os laços e aqueceu ainda mais os corações.



O toque foi, acima de tudo, uma afirmação. Afirmação da nossa fé, da nossa cultura e da nossa capacidade de nos reunirmos em alegria e respeito. Que o Seu Boiadeiro Zé da Mata continue abrindo nossas estradas e que o axé de Mãe Déia Talamungongo e de toda a comunidade só aumente!

Ògan Assogá Luiz Alves

Representante do FOAFRO-DF, Projeto Oníbodê e Coletivo "Defensores do Axé"

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

“Racismo Religioso: Quando a Fé Vira Alvo do Òdio — Como Reagir?”


Por: Ògan Assogbá Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

Chamar terreiro de “centro de satanismo”. Dizer que “macumbeiro merece morrer”. Jogar tinta vermelha na porta de um Ilê Axé. Invadir e quebrar objetos sagrados durante um ritual. Tudo isso é racismo religioso e é crime previsto na Lei nº 9.459/1997 e no Estatuto da Igualdade Racial.

Mas, na prática, poucos casos são investigados, e menos ainda punidos. Segundo o Disque 100, em 2023 foram registradas mais de 5.200 denúncias de intolerância religiosa — 89% contra religiões afro-brasileiras. A maioria das vítimas: mulheres negras.

“O racismo religioso é o braço espiritual do racismo estrutural. Querem apagar nossa ancestralidade porque sabem que ela é fonte de poder.”


Como denunciar?


- Disque 100 (Direitos Humanos)


- Delegacias especializadas (como a DECRIN caso em sua cidade ou Estado tenham)


- Ministério Público


- Plataforma online da SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)


Não é “desentendimento de vizinho”. É é crime e com punição prevista em lei.

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

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quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Bancada da Bíblia x Comunidade do Axé: A Guerra Legislativa Contra as Religiões de Matrizes Africana

 

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Por: Ògan Assogbá Luiz Alves 

Nos corredores do Congresso Nacional, uma guerra silenciosa é travada diariamente: de um lado, a chamada “Bancada da Bíblia”, composta majoritariamente por parlamentares evangélicos neo-pentecostais, que propõem leis para restringir sacrifícios animais, proibir cultos em áreas residenciais e enquadrar nossos rituais como “atos de magia negra”. Do outro, uma ala, formada por deputados e senadores simpatizante ou  aliados às religiões de matriz africana, que lutam por direitos, reconhecimento e proteção legal. Ate hoje a Comunidade Afro Religiosa não conseguiu eleger um deputado reconhecidamente do Axé! Inclusive o Estado da Bahia majoritariamente negro e berço da casas mais tradicionais de  Axé  e o Rio Grande do Sul Estado onde segundo pesquisas possui o maior número de casas de Axé de diversas raízes, entre elas o Batuque.


Em 2023, foram protocolados 17 projetos de lei com viés de intolerância religiosa — 12 deles por parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica. Enquanto isso, a Frente Parlamentar em Defesa das Religiões de Matriz Africana luta para que  Laicidade do Estado seja respeitada e que não seja imposto um Estado teocrático no Brasil. Sempre nos falaram que religião é política não se misturam e só  nós acreditamos nisto e enquanto a Comunidade Afro Religiosa não mudar seu pensamento continuaremos ver crescer  nas casas de leis, desde as Câmaras de Vereadores até o Congresso Nacional as bancadas da biblia e todos sem exceção aprovando projetos de leis que cerceiam nossa liberdade de existir em nossa fé. Estamos nos aproximando de um ano eleitoral e muitos serão o que aparecerão se dizendo nossos aliados, mas que quando precisamos dos mesmos em nossas lutas nunca se fizeram presentes. Portanto é  preciso ficarmos atentos na próximas eleições, principalmente aos que chegarão com as soluções dos problemas que nunca viveram ou mesmo se interessaram. Precisamos começar a construirmos barreiras contra os oportunistas que só aparecem de quatro em quatro anos e apoiar de fato quem sempre esteve ao nosso lado na luta. Vejam quem esteve na luta, quem apoiou e principalmente quem pôs a carreira à tapa.

A VIDA NO AXÉ TAMBÉM É UM ATO POLÍTICO!

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

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terça-feira, 23 de setembro de 2025

“Da roda de samba ao carnaval: como a cultura afro-brasileira construiu o Brasil — e continua sendo invisibilizada”



Por Ògan Assogbá Luiz Alves 

Samba, jongo, maracatu, capoeira, moçambique, congada — todas essas expressões culturais têm raízes profundas nos terreiros e nas comunidades negras. São manifestações que carregam orações, histórias de resistência e memórias ancestrais. Mas quantas delas são reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Humanidade? Poucas. E quantas são ensinadas nas escolas como parte da “cultura brasileira”? Menos ainda.

“O Brasil se alimenta da cultura negra, mas cospe na religião que a gerou”, diz o historiador Luiz Antonio Simas. “Consumimos o samba, mas criminalizamos o atabaque no terreiro.”

Enquanto blocos de carnaval lucram milhões usando estéticas afro sem citar suas origens, terreiros são invadidos e queimados. Enquanto novelas retratam festas de Candomblé como “macumba”, escolas ignoram a contribuição dos povos africanos na formação da língua, da culinária e da música brasileira.

É urgente desconstruir esse racismo cultural — que consome, mas não reverencia; que usa, mas não reconhece 

"APROPRIAÇÃO NÃO É REFERÊNCIA E MENOS AINDA REVERÊNCIA!"


Onde o Axé entra e a intolerância não passa

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Axé!

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