**Projeto Saberes do Terreiro fortalece vínculos e promove intercâmbio cultural no Ilê Axé Yá Magbá Biolá**

Por Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ 

No dia 5 de maio, o Ilê Axé Yá Magbá Biolá, sob a liderança da Iyálórisá Djé Tu Nanã, foi palco de um evento singular que reuniu membros da comunidade religiosa de Matrizes Africanas em um momento de compartilhamento de saberes e fortalecimento dos laços comunitários. Promovido pelo Instituto Rosa dos Ventos, com apoio do Ministério da Cultura e realização pelo COLETIVO de IYÁS, o evento faz parte do Projeto Saberes do Terreiro, que visa valorizar e difundir a riqueza cultural das religiões de matriz africana.

A abertura do evento foi marcada por uma inspiradora fala de Mãe Baiana de Oyá, idealizadora e coordenadora do Coletivo de Iyás, ressaltando a importância do projeto como um instrumento agregador e promotor de união e intercâmbio entre as diversas Casas de Axé. Em seguida, Mãe Zumira reforçou os sentimentos expressos por Mãe Baiana, destacando a necessidade de união e colaboração entre os praticantes das religiões de matriz africana.

O momento culminante das falas foi a intervenção de Mãe Djé, responsável pela Casa de Axé anfitriã, que deu as boas-vindas a todos os presentes e colocou seu Axé à disposição para ações que visem agregar e unir os povos de terreiro, enfatizando a importância da colaboração mútua na preservação e promoção das tradições religiosas africanas.

Após as inspiradoras palavras das líderes religiosas, teve início as oficinas de confecção de bonecas artesanais e cestos ou embalagens com ewé ogebe (palha de bananeiras), proporcionando aos participantes a oportunidade de aprender e vivenciar práticas tradicionais das religiões de matriz africana.

O evento encerrou-se de forma emocionante, com um toque para Caboclo, celebrando a espiritualidade e a ancestralidade que permeiam as tradições religiosas afro-brasileiras.

O Projeto Saberes do Terreiro, através de iniciativas como essa, fortalece os vínculos comunitários, promove o intercâmbio cultural e contribui para o reconhecimento e valorização das religiões de matriz africana como patrimônio cultural do Brasil. Que eventos como esse continuem a florescer, inspirando respeito, união e celebração da diversidade religiosa em nossa sociedade.