Por: Ògan Assogbá Luiz Alves/ PROJETO ONÍBODÊ
Relembrando momentos de nossa luta. Em 2011 após um almoço no restaurante do Anexo II da Câmara dos Deputados entre eu, Mãe Baiana, Pai Joel, Pai Nino, Mãe Patricia Haualy, Marcos Resende e o saudoso Oju Obá ficou acertado que lutaríamos para montarmos uma Frente Parlamentar em Defesa de Nossa Comunidade Afro Religiosa. Em nossa reunião ficou acertado que Marco Resende iria falar com os parlamentares da Bahia e eu falaria com os de Brasilia. Ao sair da reunião para me dirigir ao Setor Fotográfico da Camara dos Deputados, onde na época eu trabalhava encontrei com a Deputada Erika Kokay na porta do Plenário Ulisses Guimarães e falei com ela de nosso propósito tendo a mesma aberto as portas de seu gabinete para o que precisássemos. Após isso tinhamos que lutarmos para buscarmos assinaturas para implantar a frente, foi um trabalho árduo, mas conseguimos, aó a pessoa que estava responsável pelas assinaturas simplesmente perdeu o documento, fazendo com que tivéssemos de refazermos a colheta de assinaturas. Conseguimos, após isso resolvermos fazermos um café da manhã para explicar aos parlamentares a importancia e urgência de tal frente. O café estava direcionado para os parlamentares onde teríamos condições de explanar, ocorre que o café apesar de ser de graça para os parlamentares e convidados alguém tinha de pagar e esse alguém éramos nós, então foi que alguém publicou nas redes socias um convite para toda a comunidade comparecer ao café sem ao menos nos consultar. Inclusive recebi uma ligação de uma pessoa de SP intimando que a convidássemos para o café mas que tínhamos de pagar suas passagens aéreas de ida e volta e também sua estadia no hotel, lhe respondi ser impossível pois não tínhamos verba para tal despesa e que a mesma nos propiciaria chamarmos mais pessoas daqui. Resultado o café aconteceu, com o numero maior que haviamos previsto e acabamos com uma dívida de mais de 1.500 reais na época. Conseguimos implementar a Frente, realizamos diversas atividades dentro da Câmara dos Deputados, depois de mais de um ano de atividade com reuniões mensais na Câmara, houve um grupo que se dizia náo estar se sentindo representado por que no nome da frente não tinha "povos tradicionais" e teria que mudar o nome. Para mudar o nome seria necessário cancelar a que já existia e refazer todo o trabalho novamente. Aí é outra história.
Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união.
Axé!
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