segunda-feira, 18 de março de 2024

 NO ASĘ ODISSÉIA, EGBOMY NIKOLAS DE OGUN RECEBE SEUS DIREITO PELAS MÃOS DE PAI RICARDO DE OXÓSSÍ


Sábado dia 16/03, EGBOMY NIKOLAS de OGUN, dá seus 7 anos e recebe seus direitos pelas mãos de PAI RICARDO DE OXÓSSÍ,no ASĘ ODISSÉIA em Águas Lindas de Goiás. Um uma festa prestigiada por autoridades religiosas das Comunidades Tradicionais de Terreiro de Águas Lindas de Goiás e Brasília que foram ao Asę pra saudarem OGUN e também prestigiar EGBOMY NIKOLAS em sua nova etapa em sua nova etapa espiritual. EGBOMY NIKOLAS foi inciado pelo saudoso Pai Rilvan de Ogun e agora está em sua nova jornada sob orientação de Pai Ricardo de Oxóssi. Muito Axé que seus caminhos sejam de Aláfia!
Fotos: Ògan Marcos





56 ANOS DE FOMUTINHO DE OYÁ!



O Egbé ONIGBADA MUSU OMI TÚTÚ ( casa de Pai Júlio de Logun Edé), está em festa comemorando os 56 anos de  Babá Fomutiho de Oyá. Momentos de intensa felicidade e lembranças, todo o Egbé se movimentou para que a festa tivesse o brilho ao alcance de Babá Fomutinho. O movimento de filhos e amigos chegando para ajudar era intenso. A noite ao chegarem os convidados eram recepcionados por uma exposição que contava a trajetória espiritual, profissional e artística de Fomutinho de Oyá, nclusive sua parceria com Bibi Ferreira na peça Gota D'Agua. Na recepção foi tambem oferecido um coquetel aos presentes, usaram a palavra Pai Julio ( filho de Babá Fomutinho e responsável pelo Egbé Onigbada Musu Tútú) onde ressaltou a importancia de trabalharmos para uma maior união em nosssa Comunidade como forma de combatermos o Racismo Religioso. Após a fala de Pai Julio Babá Fomutinho usou a palavra contando de como se deu seu início em Brasília.   Terminando a fala de Babá Fomutinho, usou a palavra Pai Compadre João Marcello que veio do Maranhão para participar da festa e na ocasião outorgou a Babá Fomutinho uma homenagem registrando sua importância para a Comunidade Afro Religiosa, depois foi entregue a Pai Julio um documento de igual teor homeageando o Egbé. Após a recepção e homenagens os convidados foram conduzidos ao interior do barracão para o inicio das atividades religiosas. As fotos da exposição foram acuradas, editadas e montadas por Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ. Após as atividades religiosas foi servido um gostoso jantar.



quinta-feira, 14 de março de 2024

Dom Waldir Calheiros o Bispo sem medo que fez a Opção Preferencial Pelos Pobres!


Foto: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ 

Em minha infância e adolescência tínhamos no Morro do Batista em Resende - RJ, uma vizinha maravilhosa chamada Dona Conceição, ela era a cozinheira do Bispo Don Waldir Calheiros e sempre quando ia lá em casa assitir tv nos falava das ações do Bispo Don Waldir. O tempo passou e quando fui trabalhar no Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda como fotógrafo da entidade, com o compromisso de acompanhar Juarez Antunes o Presidente do Sindicato, as histórias sobre o Bispo confirmaram. Ele era uma pessoa excepcional, com uma humanidade ímpar. Dom Waldir junto com Dom Mauro Morelli, Dom Pedro Casaldaglia, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara entre outros a revelia do Vaticano fizeram a OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES , que resultou na TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO. Não só conheci como presenciei algumas histórias deste grande homem, que quando começava a chegar a data de negociação salarial dos funcionários da CSN ele ordenava as Igrejas sob sua jurisdição que arrecadassem e estocassem alimentos para que servissem para as famílias dos grevistas em caso de necessidade e até mesmo para os trabalhadores em greve que estivessem em ocupação da CSN. Entre tantas histórias vou destacar duas. Durante o dissídio salarial, a empresa fez com que toda a diretoria do Sindicato fosse presa,  não demorou muito ao saber das prisões Dom Waldir se dirigiu a delegacia de Volta Redonda querendo conversar com os detidos. O delegado relutante não queria deixar que o mesmo visitasse os diretores detidos.
Foto: divulgação 

 Dom Waldir impôs sua autoridade eclesiástica e foi conduzido até a cela, chegando lá exigiu que a cela fosse aberta, pois ela se recusava a ficar conversando pelas grades da cela. Então muito a contra-gosto o delegado abriu a cela, assim que o bispo entrou o delegado voltou a encadear a cela deixando o bispo conversando com a diretoria, quando o delegado achou que já havia terminado o tempo da "visita" foi lá para pedir para o bispo se retirar, foi então que ouviu atônito do bispo que ele não iria se retirar, pois o delegado também o havia prendido na cela, o delegado disse que não que não o havia prendido, aí Dom Waldir lhe perguntou, quando entrei vc não trancou a cela!? Então você me prendeu aqui e só vou sair quando meus meninos saírem. Isso gerou uma loucura na cidade, pois a notícia de que o delegado havia prendido o bispo correu como um rastilho de pólvora enchendo a rua em frente a delegacia de carolas e demais religiosos.
A outra história foi quando o exército assassinou os três operarios da CSN: Walmir, Barroso e William na greve de 1988. A cidade estava consternada após o ato covarde do exército que resultou no assassinatos três operários. Dom Waldir então mais uma vez mostra sua autoridade e carisma, convocando toda cidade um abraço em volta da CSN, toda a cidade aderiu ao chamamento e quem conhece Volta Redonda sabe da extensão da CSN, pois toda ela foi contornada tendo inclusive sobrado muitas pessoas. Foi um ato de coragem da cidade que se vez presente mais uma vez quando o exército em sua saída da CSN e da cidade teve de passar por um corredor formado pelos habitada cidade que expulsou o exército da cidade sob vaias. Este era o grande homem que dava orgulho a quem o conheceu. Quando estive recentemente em V.R. tive de ir até a sua estátua lhe render uma homenagem. Fui prestar uma HOMENAGEM AO BISPO SEM MEDO! Lembranças de um tempo de lutas e coragem!
Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ 


segunda-feira, 11 de março de 2024

 A MAGIA DA FOTOGRAFIA DE CENA E O RESPEITO AO PROFISSIONAL DA IMAGEM.



Está chegando ao fim um a temporada de um dos espetáculos mais imagéticos que já fotografei. A Cia de Teatro do Gama, sob a direção  de Valdeci Moreira e Ricardo César, colocou em cartaz um espetáculo que é pura magia,, Grande Sertão Veredas - Uma Kizomba Periférica, traz a ousadia em uma releitura da obra de Guimarães Rosa, colocando o universo afro religioso em um importante destaque na obra. Mas quero falar aqui sobre a fotografia de cena, fotografar cena é um trabalho muito complexo, pois vai muito além de apenas apertar o obturador é preciso ter em mente que a luz nem a marcação são do fotógrafo, mas o que resta ao fotógrafo então, apenas acionar o obturador!? Não! Fotografar cena significa que terá de ter um conhecimento do espetáculo, uma boa relação com a diretoria, com os atores e principalmente como o iluminador. Se não conhecer a obra pelo menos tentar conhecer o mapa de luz da peça. 


Entender a obra e principalmente as posições dos atores em cena o que cada ato quer transmitir. Fotografia de cena é de suma importância, pois é ela que será o canal de chamamento para o púbico, portanto não pode ser uma foto simples e corriqueira, ela tem de seduzir, instigar nas pessoas a vontade de assistir ao espetáculo, aí está a diferença e entra o trabalho do fotógrafo de cena, seu olhar pode ou não comover, pode ou não instigar nas pessoas o desejo de ver a peça. Ser fotógrafo de cena é trazer a magia do espetáculo à futura plateia. Outro importante aspecto do fotógrafo de cena é que seu material será utilizado para futuras produções e prestações de contas, então o fotógrafo não registra apenas o espetáculo, mas o figurino, cenário, ensaios, ambiente, membros da equipe de produção, montagem, chegada da plateia, enfim o máximo possível relacionado ao espetáculo. Ser fotógrafo de cena é um desafio, pois tem de analisar seu deslocamento durante o espetáculo de forma que não interfira nas cenas, pois afinal você não é o ator em cena e não deve chamar para si a atenção, caso o lugar não permita que você se desloque é preciso ver qual o melhor ângulo que lhe permitirá obter melhores cliques e como no caso da peça Grande Sertão Veredas - Uma Kizomba Periférica, onde são mais de três os atores principais é preciso ver um ângulo que não dê destaque apenas a um deles, mas é preciso registrar o todo do espetáculo. 

Ser fotógrafo de cena também é lutar por uma valorização de seu trabalho, coisa que só tenho a agradecer a Cia Semente de Teatro do Gama, cujo relacionamento respeitoso e de parceria vem se estendendo há mais de 10 anos. Infelizmente o respeito aos profissionais em especial aos da imagem tem beirado ao absurdo. A começar pela desvalorização da verba destinada pela Secretaria de Cultura do DF onde em sua planilha orçamentária destina um valor abusivo e irreal aos profissionais de imagem, tanto vídeo como fotografia, outro fator também se refere ao pessoal da produção cultural, os ou as tais agentes e produtoras culturais que em sua maioria nos tratam com desrespeito ou mesmo desdém, considerando a produção imagética do espetáculo produção cultural uma coisa sem valor, mas depois é uma correria na prestação de contas porque precisa mostrar que houve banheiros químicos, que houve palco com o tipo de som especificado, que houve brigadistas e seguranças. Infelizmente muitos produtores confiam no seu mega- blaster fodástico telefone celular e por isso a maioria nem sequer se lembram de colocar no projeto um orçamento justo e digno para o único profissional que será responsável pela perpetuação de seu espetáculo. Os aplausos duram três a cinco minutos, depois serão esquecidos, os afagos também, as imagens ficarão na mente por uma semana quando muito, até a próxima emoção que apagará do espetáculo o que restou na memória. A única coisa que fica são as imagens e por incrível que pareça na maioria dos casos é a mais esquecida e desprezada. Então fica aqui a dica: Quando for fazer um projeto cultural, não te esqueça de colocar no mesmo o profissional responsável pea perpetuação de seu espetáculo que é o profissional de imagem, mas faça isso com dignidade, o valorizando e principalmente o respeitando. Outra coisa não precifique o trabalho de um profissional, pois isso é um desrespeito, assim como você decerto não gostaria de que precificassem seus trabalhos de forma desmerecedora e humilhante, não o faça com os outros profissionais,  tem muitos profissionais e valores. Não se esqueça que se quer qualidade e principalmente exclusividade tem de pagar por elas e pagar bem, não dá pra tratar um profissional enquanto amador ou como se fosse seu primo que tem uma câmera legal ou e um celular fodástico e exigir que o mesmo entregue um trabalho de um profissional que você não contratou ou mesmo respeitou. No meu caso em relação ao Espaço Semente Cia de Teatro do Gama não tenho o que reclamar, mas já encontrei algumas figuras que vou te contar, são os ápices do desrespeito e pra essas ou esses não faço a mínima questão de fotografar, pois quem não me respeita enquanto profissional, não merece meu respeito ou meu trabalho.
Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ


sábado, 2 de março de 2024

Grande Sertão Veredas estreia com estrondoso sucesso no Espaço  Renato Russo na 508 Sul









Estreou com sucesso estrondoso nesta sexta-feira (01-03) a peça GRANDE SERTÃO VEREDAS - UMA KIZOMBA PERIFÉRICA. O espetáculo da CIA de TEATRO SEMENTE -GAMA tem a direção de Valdeci e Ricardo César e com grande elenco em cena. A peça baseada na obra de Guimarães Rosa nos faz refletir sobre nossas lutas internas e coletivas. 



O  figurino e cenário é assinado por Luazi Luango e equipe. Não falarei mais para não ser um spoiler, é uma obra que tem de ser presenciado em toda sua plenitude. 
Fotos Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ 


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Brasília se despede de Pai Edinho de Obalwayê.



É com imensa tristeza que recebemos a notícia da passagem de Pai Edinho de Obalwayê. Pessoa d coração grande e leve. Grande fazedor de xequerês, sempre disposto a uma conversa amigável. Vá em Paz que seja recebido no Órun (céu) aos sons de Divinos Xequerês.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

GALERIA OLHO DE ÁGUIA RECEBE EM TAGUATINGA O 𝐏𝐀𝐏𝐀 𝐃𝐎 𝐅𝐎𝐓𝐎𝐉𝐎𝐑𝐍𝐀𝐋𝐈𝐒𝐌𝐎 𝐃𝐄 𝐆𝐔𝐄R𝐑𝐀, JAMES 𝐍𝐀𝐓𝐂𝐇𝐖E𝐘!




Lá se foram mais de 9 anos desde que o Comandante Ivaldo Cavalcante em uma conversa disse que seu sonho era trazer James Natchwey o Papa do fotojornalismo de guerra para Taguatinga para participar do seu Projeto Imagens Sem Fornteiras. Quem é fotojornalista e fotodocumentarista sabe da importância desse profissional para o fotojornalismo mundial, bem como sua ousadia de trazer aos nossos olhos os horrores das guerras não poucas vezes tão glamourizada pelas mídias oficiais. Um dos grandes trabalhos de James Natchwey foi a cobertura do Aparthaid na África do Sul nos colocando no centro do conflito, nos mostrando imageticamente o quão o racismo é cruel. Dia 29 de março Taguatinga será o Centro do Fotojornalismo Mundial e quem estiver presente será testemunha de um acontecimento histórico para o Fotojornalismo e Fotodocumentarismo Nacional. Sem sombras de dúvidas será um evento único, que ficará pra sempre lavrado na história da fotografia brasiliense. Se quiser conhecer um pouco sobre o trabalho de James Natchwey recomendo dar um passeio pelo Youtube, especialmente o documentário: FOTÓGRAFOS DE GUERRA, este documentário trás um panorama do trabalho deste grande profissional. Ivaldo Cavalcante , traz uma colaboração cultural imensurável para a Comunidade de Taguatinga e Brasilia. Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024


Mulheres Negras nas Religiões Afro

 

Algumas Líderes Inspiradoras que Você Precisa Conhecer

O papel fundamental do matriarcado na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira

As mulheres negras sempre foram a base da comunidade afro-religiosa, assumindo um papel fundamental na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira. Sua força, sabedoria e ancestralidade são alicerces que sustentam as religiões de matriz africana e inspiram a luta por justiça social e igualdade racial.

Neste artigo, destacamos algumas líderes inspiradoras que demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa:

* Mãe Stella de Oxóssi (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé da Bahia.
  • Reconhecida por sua liderança, luta pela preservação da cultura afro-brasileira e combate ao racismo religioso.
  • Professora, escritora
  • Recebeu a Ordem Nacional do Mérito Cultural e o Prêmio Juventude Negra.

* Yalorixá Iyá Naso (Umbanda):

  • Fundadora do Terreiro de Umbanda Tenda Espírita São Jorge Guerreiro, em São Paulo.
  • Dedica sua vida à caridade, ao auxílio social e à promoção da Umbanda como religião de paz e amor.
  • Recebeu o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* Mãe Beata de Yemanjá (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Yemanjá Assabá, em Salvador.
  • Reconhecida por sua sabedoria ancestral e conhecimento profundo da cultura afro-brasileira.
  • Dedicou-se à formação de novos líderes religiosos e à transmissão dos saberes tradicionais.

Mãe Carmen de Oxum (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Oxum Mirim, em Recife.
  • Atua na defesa dos direitos das mulheres e na luta contra a intolerância religiosa.
  • Participa ativamente de movimentos sociais e políticos pela igualdade racial.

Ekedi Jurema de Oxum (Jurema Sagrada):

  • Sacerdotisa da Jurema Sagrada, tradição afro-brasileira com forte presença indígena.
  • Dedica-se à preservação da cultura e dos saberes ancestrais da Jurema.
  • Promove a integração entre as diferentes tradições afro-brasileiras.


Mãe Baiana Oyá Bagan:
  • Sacerdotisa em Brasília cujo terreiro sofreu um incêndio
  • Ativista do Movimento Social Civil Organizado
  • Lutadora pelos direitos Humanos e Liberdade Religiosa, com atuações não só em Brasília como em diversos estados brasileiros
  • Integrante de diversos movientos de defesa de liberdade religios
  • Participante da RENAFRO NACIONAL
  • Coordenadora da RENAFRO CENTRO OESTE
Mãe Betinha do Oxun (Asé Dudú):


  • Presidenta e Maestrina do mais antigo grupo afro percusivo de Brasília
  • Mestranda em Capoeira
  • Iyá Temin da Corte da Planta Myllegy (nação Djedje)

Mãe Fernanda de Oxun:
  • Ajoyê
  • Capoeirista
  • Presidenta do Grupo Sambadeiras de Bimba, Filhas de Biloca
  • Neta do Mestre Bimba


As histórias e trajetórias dessas líderes inspiram e demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa. As mulheres negras são guardiãs da cultura de terreiro e afro-brasileira, transmitindo saberes ancestrais, liderando comunidades e lutando por um mundo mais justo e igualitário.

Fotos e texto: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

 Desmistificando o Racismo Religioso: 



Mitos sobre as Religiões de Matriz Africana que Você Precisa Desconstruir

O racismo religioso é uma forma de discriminação que se manifesta através de preconceitos e ataques contra religiões de matriz africana, como Candomblé, Umbanda, Jurema e outras. Essa triste realidade se baseia em mitos e equívocos que circulam na sociedade, muitas vezes sem questionamentos.


Neste post, desmistificaremos 4 dos principais mitos sobre as religiões afro-brasileiras para contribuir para o combate ao racismo religioso e à construção de uma sociedade mais justa e tolerante.



Mito 1: As religiões afro-brasileiras são satânicas e promovem magia negra.

Realidade: As religiões afro-brasileiras têm como base a ancestralidade africana e cultuam divindades (orixás, voduns, inquices) que representam as forças da natureza e da vida. A magia negra não faz parte das práticas tradicionais dessas religiões, que prezam pelo equilíbrio e pela harmonia.


Mito 2: As religiões afro-brasileiras são atrasadas e primitivas.

Realidade: As religiões afro-brasileiras possuem uma rica cultura e tradição que remontam à África. Sua cosmovisão, filosofia e práticas rituais são complexas e carregadas de significado, transmitindo valores importantes para a comunidade.

Mito 3: As religiões afro-brasileiras são culpadas pela violência e pelo crime.

Realidade: Essa afirmação é extremamente preconceituosa e não tem fundamento na realidade. As religiões afro-brasileiras pregam a paz, o respeito e a caridade. A criminalização dessas religiões é uma forma de perpetuar o racismo e a marginalização da comunidade afrodescendente.


Mito 4: As religiões afro-brasileiras são apenas folclore e não devem ser levadas a sério.

Realidade: As religiões afro-brasileiras são religiões vivas e atuantes na sociedade brasileira, com milhões de adeptos que professam sua fé com devoção e respeito. É importante reconhecer e valorizar a importância dessas religiões para a cultura e a história do Brasil.

Combatendo o Racismo Religioso:

Educação: É fundamental promover a educação sobre as religiões afro-brasileiras para desconstruir mitos e preconceitos.

Denúncia: É importante denunciar casos de racismo religioso às autoridades competentes.

Mobilização: Participe de ações de conscientização e combate ao racismo religioso em sua comunidade.

Juntos, podemos construir uma sociedade mais justa e tolerante, onde todas as religiões sejam respeitadas e valorizadas.

Texto e fotos: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ 

 "APOIE ESSA INICIATIVA POR UMA COMUNICAÇÃO ANTI RACISTA!"



"Queridos apoiadores da causa antirracista, estamos contando com vocês para manter viva a voz do ONÍBODÊ (O Porteiro)!  Nossa vaquinha online está aberta e seu apoio é fundamental para garantir que possamos continuar produzindo conteúdo de alta qualidade, promovendo oficinas de comunicação popular e lutando contra o Racismo Religioso.  Com uma contribuição partir de R$15,00 (quinze reais), nos ajuda a custear transportes, adquirir equipamentos e realizar manutenções essenciais. Junte-se a nós nesta jornada de transformação! "


🔗 Link da Vaquinha: apoia.se/projetoonibode." 


Faça parte deste movimento! *Contribua agora e faça a diferença na luta contra o Racismo Religioso!* 🌐✊🏿 #ONÍBODÊ #ComunicaçãoAntirracista #ApoieACausa"

 Ministério da Igualdade Racial participa da 37ª Cúpula da União Africana, em comitiva do governo federal

Foto: Ricardo Stuckert,

Ministério da Igualdade Racial, liderado pela ministra Anielle Franco, cumpre agendas na Etiópia até o próximo dia 18. missão internacional tem como objetivo principal a participação na 37ª Cúpula da União Africana que acontece neste sábado (17)na capital Adis Abeba. 

chefe da pasta da Igualdade Racial acompanhou o presidente Lula, ao lado de outros ministros, em reunião bilateral com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed.  

primeiro dia de agendas contou com uma visita ao memorial aos heróis da batalha de Ádua, que marca a resistência dos Etíopes contra a colonizaçãoNo local, a comitiva do governo brasileiro foi recebida pela prefeita de Adis Abeba, Adanech Abebe, e pelo Ministro das Finanças da Etiópia, Ahmed Shide. 

A equipe do MIR, por meio da Diretoria de Combate ao Racismo, tem feito diálogos com a Universidade de Adis Abeba para expandir o programa Caminhos Amefricanos para a EtiópiaA ideia é que o país se torne mais um dos destinos de estudantes brasileiros de licenciatura e professores da educação básica 

Além disso, o Ministério está dialogando com a pasta da Cultura da União Africana para construir uma parceria focada no intercâmbio de práticas e conhecimentos nas políticas de cultura voltadas para igualdade racial.

A visita integra o processo de relançamento da política externa do Governo Federal para países africanos. A Etiópia é o segundo país mais populoso da África, com 125 milhões de habitantes, e a quinta maior economia do continente, com crescimento de mais de 6% em 2023. Além disso, a nação se integrou ao BRICS no início deste ano e a União Africana, que tem sede em Adis Abeba, se tornou membro permanente do G20.

Fonte Min. Igualdade Racial