terça-feira, 22 de julho de 2025

Fogueira de Xangô no Ilé Așé Jagun Onigbejá Ti Oșun. Uma Celebração de Fé, Resstência e Sabores Ancestrais

 


Por: Ògan Assogbá Luiz Alves PROJETO ONÍBODÊ 

Águas Lindas de Goiás — No último domingo, o terreiro Ilé Așé Jagun Onigbejá Ti Oșun, sob a direção da querida Mãe Vilcilene, reuniu filhos, filhas e amigos de santo em uma das celebrações mais aguardadas do calendário afro-religioso: a tradicional fogueira de Xangô. O evento, marcado por cantos, danças e a energia contagiante do orixá da justiça, foi mais do que um ritual — foi um manifesto de resistência cultural e um banquete para os sentidos.  

O Toque do Rei: Justiça e Firmeza

Como sempre acontece nos toques dirigidos por Mãe Vilcilene, a cerimônia foi uma experiência única. O salão, decorado com as cores vibrantes de Xangô, recebeu os convidados com a majestade digna de um rei. Os atabaques ecoaram os cânticos em iorubá, enquanto os ogãs e as ekedjis entoavam pontos que invocavam a força e a imparcialidade do "Alafim" (grande governante).  












"Pedimos a Xangô que a injustiça não nos alcance". Em tempos de intolerância e ataques às religiões de matriz africana, a fogueira simbolizou não apenas a devoção, mas também a resistência de um povo que mantém viva sua ancestralidade.  

A Mesa Farta: Sabores que Honram o Orixá


Xangô, conhecido por seu paladar exigente, ofereceu aos presentes uma farta mesa de bolos e doces à base de milho e mandioca — ingredientes sagrados na culinária afro-brasileira. O amalá (comida ritual do Orixá) foi oferecido e servido pelo próprio Orixá, em uma celebração que uniu o espiritual ao material. Nas Religiões de Matrizes Africana "A comida é oferenda, mas também é afeto".

Acolhimento e Alegria: A Marca do Ilê Jagun Dan-Bará  



Quem conhece o Ilé Așé Jagun Onigbejá Ti Oșun. sabe: a casa é sinônimo de acolhimento. Mãe Vilcilene e seus filhos receberam a todos com o amor e a alegria que são marcas registradas do terreiro. Entre abraços, sorrisos e a energia contagiante dos tambores, os presentes lembraram que, na roda de Xangô, ninguém fica de fora.  




Ao final da noite, com as chamas da fogueira ainda crepitando, ficou claro: a festa não foi apenas para o Orixá, mas para toda uma comunidade que, através da fé, reafirma sua existência e sua cultura. Como diz um antigo adágio nagô: Xangô não dorme, ele vigia — e no Ilê Jagun Dan-Bará, seu fogo continua aceso.  

Após os atos religiosos foi servido um maravilhoso jantar, marca registrada de Mãe Vilcilene e de todos seus filhos e filhas.

De

Que os Orixás nos iluminem – e nos lembrem sempre que a força do nosso povo está na união. 

Axé!

*APOIE, DIVULGUE E INCENTIVE O ONÍBODÊ (O PORTEIRO) por uma comunicação ANTI-FACISTA, ANTI-RACISTA e de apoio à Nossa Comunidade Negra e Afro Religiosa com doações a partir de R$25,00 (vinte e cinco reais)*

CLIQUE NO LINK ABAIXO PRA APOIAR

  https://apoia.se/projetoonibode



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua opnião para que possamos melhorar nosso trabalho.