Um blog a serviço da comunidade afro-brasileira e afro-religiosa
Criador e Administrador Ògã Luiz Alves
quinta-feira, 31 de março de 2011
Pai Nilo fala da Importãncia das Comunidades Tradicionais de Terreiro
quarta-feira, 30 de março de 2011
Chega em Brasília o corpo do Ex-Pres. da República José Alencar
terça-feira, 29 de março de 2011
Inauguração do CETRAB Brasília
Sessão solene em Homenagem ao Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial
segunda-feira, 28 de março de 2011
Pai Joel de Oxalá fala da importância da Frente Parlamentar
quinta-feira, 24 de março de 2011
Depoimento da Deputada Janete Rocha Pietá sobre a importância da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiro
EXPLORAÇÃO NA FESTA DE YEMANJÁ
O Movimento Chega!!! e o Grupo Guerreiros do Axé estão organizando uma PLENARIA DE DEBATE, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo no próximo dia 27 de Março de 2011 - domingo as 15hs para debater sobre as propostas que visão acabar com a exploração e cobranças indevidas contra os templos da nossa comunidade para que possam realizar suas atividades religiosas no litoral paulista.
É importante e fundamental que VOCÊ participe desta PLENARIA DE DEBATE E CRIAÇÃO DE PROPOSTAS. Acreditamos que você faça parte do grupo de lideranças religiosas, presidentes de federação e simpatizantes da nossa comunidade que não aceitam mais ficar calado e parado diante de tanta exploração e descaso contra nossos direitos.
Nosso principal objetivo é colher propostas e formar uma comissão que coordenará em meados de julho uma AUDIÊNCIA PUBLICA, que irá propor as autoridades publicas Municipais e Estaduais um projeto, que beneficie todos os templos da nossa comunidade com no mínimo a gratuidade e o livre acesso as praias para prática religiosa durante os FESTEJOS DE YEMAJÁ. Já a partir de 2011.
Ajude a mobilizar nossas lideranças religiosas, encaminhe nosso convite a todos que você conhece. A participação é livre e aberta ao publico em geral. Não podemos deixar de lutar por nossos direitos, mas esta luta somente poderá ser vencida com sua ajuda e PARTICIPAÇÃO.
DATA: 27 DE MARÇO DE 2011 – 15HS ( Não haverá atraso para o Inicio)
quarta-feira, 23 de março de 2011
Um Pedido da família do Doté Zezinho da Boa Viagem.
Caros amigos,
Eu ekedje Flichielle de Osun venho em nome do meu kwé TERREIRO DA BOA VIAGEM solicitar aqueles que tiveram a indelicadeza de fotografar o enterro de nosso Doté ontem (22 de março) que não publique as fotos em jornal ou as divulgue através das redes sociais;nosso Doté Zezinho da Boa Viagem deu inumeras é maravilhosas entrevistas para jornais ,revistas, rádio e sempre que solicitado deixava se fotografar ele e nossa casa,divulgue essas imagens alegres.
Nosso pai não gostaria que sua ultima imagem fosse lembrada por um caixão!
Toda a sua vida foi dedicada aos voduns e as pessoas,e por seu anos de dedicação e sabedoria deve ser lembrado com carinho e respeito!
Pedimos pelo nosso sentimento, que respeitem esse momento e quardem as fotos que tiraram pra si,e que divulguem sim o falecimento de nosso pai e o quão importante ele era para o candomblé; uma perda irreparavél como a nossa não deve passar em branco, ele era uma pessoa ilustre e muito querida, prova essa que havia mais de 400 pessoas ontem na cerimônia do enterro.
Portanto reforço se desejam divulgar o seu falecimento em notas de redes sociais,revistas ou jornais divulgue fotos que demonstre o que ele era, e a sua alegria que contagiava sempre,o que não falta são fotos que demonstram a sua felicidade em meu orkut ,autorizo copias delas sem nenhum problema.
NÃO DIVULGUEM FOTOS FRIAS tiradas em um momento de grande tristeza e perda ,aquele momento esteve longe de ser um EVENTO SOCIAL ONDE DEVE SER FOTOGRAFADO,DIVULGADO E VENDIDO! Tenham certeza que ali estavam todos que ele desejava que estivesse, e aqueles que não chegaram deveram ter em sua memoria registrado apenas sua sabedoria e alegria.
Respeitem esse momento,respeitem a memoria de nosso Doté Zezinho da Boa Viagem.
Kolofé!
Atenciosamente,
Ekede Flichielle t´Osun
Núcleo de Parlamentares Negros - “Os direitos dos Quilombolas no Ordenamento Jurídico Brasileiro e Internacional”
O Núcleo de Parlamentares Negros promoveu nesta terça-feira o seminário “Os direitos dos Quilombolas no Ordenamento Jurídico Brasileiro e Internacional”. Ao final do evento foi lançada a Frente Parlamentar Mista da Igualdade Racial em Defesa dos Quilombolas.
Créditos/ Câmara Hoje
Paula Medeiros - repórter
Mais Intolerância...
A LAVAGEM DA ESCADARIA É NOSSA !!!
Caros (as) Companheiros(as),
Há 26 anos consecutivos, que será comemorado no dia 23 de abril de 2011, sábado de Aleluia, duas mulheres negras de nossa cidade iniciaram o que se pode afirmar ser o maior símbolo de Resistência Religiosa em homenagem a Oxalá: a lavagem das escadarias da Catedral Metropolitana de Campinas, em busca do respeito e visibilidade às Comunidades Tradicionais de Terreiros.
Vestidas de branco, M'ametu Corajacy e M'ametu Dango, da nação angola, acompanhadas de seus filhos de santo e de fé, desceram à Rua 13 de Maio, com jarros com flores brancas na cabeça, cantando e louvando seu deus africano.Durante estes 25 anos, este evento cresceu e foi ganhando parceiros que deram à lavagem um brilho muito especial, tais como: o vereador Sebastião Arcanjo (Tiãozinho do PT), que incluiu a lavagem no Calendário Oficial do Município e após, enquanto deputado, no Calendário Oficial do Estado de São Paulo; Benê Paulino que nunca se furtou em fazer o som; a Quorum Fragrâncias patrocinadora da alfazema, essência colocada nos jarros com água; a Gráfica Silva Marts, que patrocina os cartazes e panfletos e muitos outros amigos que sempre apoiaram esta iniciativa.Hoje, além dos filhos de santo e de fé, a lavagem conta com a participação de terreiros também da Umbanda.Durante os últimos 25 anos, todos os Prefeitos de Campinas participaram deste ato religioso, dada a importância do mesmo. Neste sentido, não posso deixar de expressar minha surpresa, quando recebo a Convocação do Diário Oficial do Município para uma reunião de organização da lavagem das escadarias, assinado pela Secretária de Cultura, onde sequer as idealizadoras e responsáveis por este símbolo de resistência, sequer foram convidadas.Desde que a Prefeitura Municipal apóia este evento, por força de Projeto de Lei, a parte que lhe compete é a infra-estrutura, o que sempre foi cumprido; como é possível então uma Convocação para uma reunião onde as Fundadoras e Organizadoras do evento não são informadas?Será que teremos que começar tudo de novo? Este evento é aberto: para participar do cortejo precisa estar vestindo branco e todos os terreiros podem participar; quem será que está orquestrando este movimento de fomentar reunião para organizar o que está organizado há 25 anos? Quem quer que seja, pegue um grupo de pessoas e organize uma ação tal como a lavagem ou a festa de São Jorge, mas, por favor, não desrespeite quem já chegou aqui há 25 anos.
Nossa proposta é de uma relação de respeito, afeto e entendimento e não podemos de maneira alguma, deixar que um conjunto de ações que lutamos para conquistar atravesse nossos caminhos.
Asé,
Ekedje Edna de Oyá
Presidente do Grupo Força da Raça
Secretária de Combate ao Racismo do PT
da Macro Região Campinas
terça-feira, 22 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Nota de Falecimento
quinta-feira, 17 de março de 2011
Deputado Ivan Valente, faz em plenário discurso contra a Intolerância Religiosa
Imgem TV Camara
Discurso:
Sem revisão
Nós temos defendido o Estado laico e a ampla liberdade religiosa. O que está acontecendo agora na cidade de Jundiaí, em vários Municípios, éa tentativa de impor leis que impedem a liberdade de crença e fomentam o preconceito contra religiões de matrizes africanas.
É o que está acontecendo nessa cidade, agora enrustido num projeto de defesa do meio ambiente, na Serra do Japi.
A Constituição brasileira, no seu art. 3º, garante como objetivo da República Federativa do Brasil a liberdade de crença, que é inviolável. O mesmo artigo assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante a proteção aos locais da sua prática.
O art. 19 estabelece ainda que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios embaraçar o funcionamento dos cultos religiosos.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Tadeu Mudalen) - Muito obrigado.
Segundo o vereador, "nas regiões próximas a cachoeiras e nascentes pode-se constatar grande quantidade de velas votivas abandonadas, restos de alimentos, artigos de vestuário, animais mortos e outras peças utilizadas na prática de cultos religiosos, que são lançados diretamente na mata e nas águas, poluindo a reserva ecológica". Por trás da suposta boa intenção de preservar a Serra do Japi está, no entanto, a tentativa de cerceamento da liberdade de prática religiosa.
No dia 01 de março, a mobilização do movimento garantiu o adiamento da votação do projeto para o dia 6 de setembro. No entanto, senhor Presidente, trata-se nitidamente de uma lei inconstitucional, contra a qual, se aprovada, certamente caberão recursos ao Supremo Tribunal Federal.
O Artigo 3o da Constituição de 1988 afirma como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, entre outros, a liberdade de crença, que é inviolável. O mesmo artigo assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante a proteção aos locais de sua prática. O Artigo 19 estabelece ainda que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios embaraçar o funcionamento dos cultos religiosos.
Trata-se de um direito afirmado há décadas, que foi com o passar do tempo consolidado em inúmeros tratados e acordos internacionais ratificados pelo Brasil. O que dizem estes textos internacionais tem, portanto, poder de lei em nosso território. O Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, por exemplo, diz que "todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em publico ou em particular". Já a Convenção Americana de Direitos Humanos acrescenta que "ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças".
Constatando que o desprezo e a violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, em particular o direito a liberdade de religião, causaram direta ou indiretamente guerras e grandes sofrimentos à humanidade, instigando o ódio entre os povos, e reconhecendo que é essencial promover a compreensão, a tolerância e o respeito nas questões relacionadas com a liberdade de religião, as Nações Unidas aprovaram uma declaração específica sobre a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação fundadas na religião.
O texto afirma que "ninguém será objeto de discriminação por motivos de religião ou convicções por parte de nenhum Estado, instituição, grupo de pessoas ou particulares", e que "a discriminação entre os seres humanos por motivos de religião ou de convicções constitui uma ofensa à dignidade humana e uma negação dos princípios da Carta das Nações Unidas, e deve ser condenada como uma violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais". Os Estados que assinaram a declaração, entre eles o Brasil, se comprometeram a fazer "todos os esforços necessários para promulgar ou derrogar leis, segundo seja o caso, a fim de proibir toda discriminação deste tipo e por tomar as medidas adequadas para combater a intolerância".
Uma das respostas a este compromisso internacional veio com a aprovação, no Estatuto da Igualdade Racial, de um artigo que explicita a obrigação do poder público de adotar medidas para combater a intolerância com as religiões de matrizes africanas e a discriminação sofrida por seus seguidores.
Não cabe, portanto, senhoras e senhores Deputados, que uma lei da natureza desta que está sendo discutida em Jundiaí - e que se reproduz de forma semelhante em diversos municípios - seja aprovada. O Brasil tem uma dívida histórica com o povo negro e não pode permitir que a ingerência de interesses religiosos no poder público resulte em ataques institucionalizados à cultura afro-brasileira e em mais violações de direitos fundamentais dos afros descendentes e dos seguidores das religiões de matrizes africanas. O PSOL seguirá alerta contra iniciativas desta ordem, que além de inconstitucionais, são extremamente lesivas para a nossa democracia.
Muito obrigado.