A TRANSEXUALIDADE NA COMUNIDADE D  AXÉ É TEMA DE ESCUTA SOCIAL EM BRASILIA.

Aconteceu em Brasília no dia 29 de janeiro a ESCUTA SOCIAL* IGBÁ MIRAN AYÊ com o tema: "EXPERIÊNCIAS, DESAFIOS E ASPIRAÇÕES DA POPULAÇÃO TRANS", com representantes trans de diversos Estados do Brasil. O evento ocorreu no Centro Empresarial CnC em Brasília. A mesa de abertura teve representantes governamentais e da Sociedade Civil Organizada. Após a abertura deu-se início aos relatos de práticas homofóbicas e transfóbicas pelos presentes. Uma das mais reincidentes falas era a da utilização da pessoa trans para que se passem uma idéia de acessibilidade e acolhimento, enquanto na verdade não é isso que realmente ocorre. Um dos depoimentos relatou uma atividade no Estado da Bahia relacionada a direitos humanos e contra o RACISMO RELIGIOSO e quando uma mulher trans e militante chegou ao evento foi impedida de usar a palavra e fora expulsa do local por mulheres cis , mais antigas na religiosidade. Durante as falas foi nitidamente forte a emoção que se aflorou perante os relatos sofrido por muitas, inclusive dentro de terreiros que eram espaço de acolhimento, mas que se transformaram em espaços de repressão e tortura psicológica. Os trabalhos coordenadora por Pai Alan que está concluindo sua tese sob a orientação de Tata N'Kisse Uã Flor é um marco nas relações de acolhimento e Abraço a irmãs e irmãos trans. Uma discussão que precisa ser levada para dentro dos terreiros. Pai Ricardo anos atrás trouxe para o FOAFRO-DF a proposta de realizarmos a discussão em algumas casas de Matrizes Africana e Umbanda. Conseguimos realizar algumas, mas infelizmente a pandemia chegou, fazendo com que fosse interrompido o processo, outro fator que dificultou, foi a recusa dos dirigentes das casas, apesar de muitos assumidamente homossexuais, não quererem discutir o tema em suas casas. Precisamos levar está discussão mais a sério e tratarmos do acolhimento de nossos irmãos e nossas irmãs. Texto e fotos: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ