terça-feira, 5 de julho de 2016

NÓS E AS ELEIÇÕES

Temos visto com estarrecimento ações de parlamentares ligados ao segmento neo pentecostal que não tem poupados esforços no sentido de promover uma nação retrógrada e totalmente teocrática. Temos visto que diversos avanços conquistados á custas de árduo trabalho estão sendo jogados na lata do lixo da hipocrisia. Mas porque vemos isso!? Porque nós enquanto afro religiosos ainda perpetuamos em nós o sentimento tribal ou mesmo de gueto, onde cada um cuida da sua vida e não se interessa pelo coletivo. São poucos os que fazem tal discernimento em comparação ao significativo número de membros que temos em nossas comunidades espalhadas por todo o Brasil. Estamos vendo se aproximar mais um período eleitoral e imagino quantos dos nossos terão apoio de nossa comunidade no sentido de tomar assento às Câmaras de Vereadores, mas para que possamos ter representantes nossos lá é preciso que nossos candidatos tenham o devido apoio de nossa comunidade, mas também é preciso que os candidatos entendam que não basta se declararem ou serem de axé para terem o devido apoio, tudo é uma questão de merecimento, não adianta chegar agora também dizendo que veio trazendo a cereja do bolo, que não irão nos convencer. Queremos candidatos que tenham real compromisso com nossa comunidade, com nossa história e principalmente vontade de querer mudar e não se se aproveitarem da situação por entenderem que queremos pessoas nossas ocupando cargos de direito. Cabe aos dirigentes de casas abrirem suas portas para pessoas nossas e não para inclusive evangélicos que durante a campanha dizem nos defender, mas ao serem eleitos viram suas costas e nos apunhalam covardemente. Não me importo ao todo com partidos, pois me abdiquei da luta partidária (pois partidos vem e vão), entendo hoje que a luta deva ser pela nossa religiosidade e comunidade e entendo que excluindo os partidos de base fundamentalistas, todos os demais devam servir de caminho para que tenhamos representantes compromissados com nossa causa. Durante séculos ficamos sempre às escondidas e fomos condicionados a ficarmos com o pires nas mãos, aguardando que almas bondosas permitissem que nos contentássemos com as migalhas que caíssem de suas fartas mesas. Hoje colhemos os frutos de tal ação e imobilismo, não temos representatividades nas casas de leis, poucos são os profissionais graduados que assumem a sua religiosidade como forma de empoderamento de nossa religiosidade, mas sempre correm para os terreiros quando algo não vai bem na área profissional, aí Exú e demais entidades são lembradas e até cobradas. Precisamos nos fortalecer, precisamos nos organizarmos, precisamos que sejamos mais centrados em nossos objetivos, É preciso que muitos que muito criticam participem mais é preciso também que muitos que chegaram agora entendam que o que foi feito antes de sua chegada também tem importância e por isso foi possível a sua chegada, pois alguns loucos mesmo que errados ou de forma atropelada tentaram fazer algo e com isso conseguiram segurar o chifre do touro enquanto muitos alegavam mil compromissos para não participarem de que eram chamados. Não digo que com isso devamos apoiar qualquer coisa perniciosa que apareça, infelizmente existem os oportunistas, que querem usar de nossa comunidade como se fosse um caixa eletrônico ou usar de engôdos para alcançarem seus objetivos. Portanto o que virá adiante será única e exclusivamente responsabilidade nossa. Não mais será possível jogarmos a culpa apenas nos que nos atacam, mas teremos de entender que os que estão em nosso meio e nada fazem serão os reais responsáveis pelo que conquistarmos ou perdermos. Ògan Luiz Alves

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua opnião para que possamos melhorar nosso trabalho.