QUANDO IKÚ ( A SRA MORTE) NOS VISITA!

Recentemente infelizmente perdemos uma Iyálorixá em Águas Lindas e como sempre acontece familiares principalmente evangélicos fundamentalistas prejudicam o processo sucessório e até mesmo a continuidade do axé. Por isso sempre falamos da importância da legalização não só do terreiro enquanto instituição, como de seus desejos pós morte. Infleizmente continuamos agindo como se nada nos fosse acontecer, ou que somos uma espécie de imortal em Nossa Comunidade. Ikú ( a Sra Morte) também nos visita e nos leva em seus braços, por isso é importante que deixemos tudo organizado e preparado documentalmente para evitarmos os dissabores que não tem sido pouco. Sempre quando o inevitável nos sucede sempre temos algumas histórias tristes de desrespeito à memória e desejos de quem partiu! Mas com certeza se tivessem feito isso legalmente, muitos aborrecimentos seriam poupados. Não adianta gritos, ou manifestações, pois ao fecharmos nossos olhos quem decidirá tudo será nossa família e se não houver uma documentação legal não terá ação judicial que dê jeito. Portanto quem é dirigente de Casas de Axé, cargos ou até mesmo iniciantes se possível deixem tudo testamentado juridicamente, para que se evite os constrangimentos causados por aqueles que não nos respeitam ou mesmo nos odeiam, apesar de serem familia. Muitos principalmente enquanto fundamentalistas religiosos, não ajudaram a levantarem uma fileira de tijolos no Axé, mas é só o ou a dirigente fechar os olhos que os abutres surgem das trevas para se apossarem daquilo que não construíram, mas que a lei lhes garantem o direito por serem família. Sendo assim fica o apelo, se organizem, se preparem, para não vermos mais iyáwos, cargos e demais filhos da casa perdidos sem rumo e sem esperança, assim como vermos a linha sucessória do Axé sendo interrompida por falta de uma organização que fora simplesmente deixada de lado. Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ