terça-feira, 20 de fevereiro de 2024


Mulheres Negras nas Religiões Afro

 

Algumas Líderes Inspiradoras que Você Precisa Conhecer

O papel fundamental do matriarcado na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira

As mulheres negras sempre foram a base da comunidade afro-religiosa, assumindo um papel fundamental na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira. Sua força, sabedoria e ancestralidade são alicerces que sustentam as religiões de matriz africana e inspiram a luta por justiça social e igualdade racial.

Neste artigo, destacamos algumas líderes inspiradoras que demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa:

* Mãe Stella de Oxóssi (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé da Bahia.
  • Reconhecida por sua liderança, luta pela preservação da cultura afro-brasileira e combate ao racismo religioso.
  • Professora, escritora
  • Recebeu a Ordem Nacional do Mérito Cultural e o Prêmio Juventude Negra.

* Yalorixá Iyá Naso (Umbanda):

  • Fundadora do Terreiro de Umbanda Tenda Espírita São Jorge Guerreiro, em São Paulo.
  • Dedica sua vida à caridade, ao auxílio social e à promoção da Umbanda como religião de paz e amor.
  • Recebeu o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* Mãe Beata de Yemanjá (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Yemanjá Assabá, em Salvador.
  • Reconhecida por sua sabedoria ancestral e conhecimento profundo da cultura afro-brasileira.
  • Dedicou-se à formação de novos líderes religiosos e à transmissão dos saberes tradicionais.

Mãe Carmen de Oxum (Candomblé):

  • Yalorixá do Ilê Axé Oxum Mirim, em Recife.
  • Atua na defesa dos direitos das mulheres e na luta contra a intolerância religiosa.
  • Participa ativamente de movimentos sociais e políticos pela igualdade racial.

Ekedi Jurema de Oxum (Jurema Sagrada):

  • Sacerdotisa da Jurema Sagrada, tradição afro-brasileira com forte presença indígena.
  • Dedica-se à preservação da cultura e dos saberes ancestrais da Jurema.
  • Promove a integração entre as diferentes tradições afro-brasileiras.


Mãe Baiana Oyá Bagan:
  • Sacerdotisa em Brasília cujo terreiro sofreu um incêndio
  • Ativista do Movimento Social Civil Organizado
  • Lutadora pelos direitos Humanos e Liberdade Religiosa, com atuações não só em Brasília como em diversos estados brasileiros
  • Integrante de diversos movientos de defesa de liberdade religios
  • Participante da RENAFRO NACIONAL
  • Coordenadora da RENAFRO CENTRO OESTE
Mãe Betinha do Oxun (Asé Dudú):


  • Presidenta e Maestrina do mais antigo grupo afro percusivo de Brasília
  • Mestranda em Capoeira
  • Iyá Temin da Corte da Planta Myllegy (nação Djedje)

Mãe Fernanda de Oxun:
  • Ajoyê
  • Capoeirista
  • Presidenta do Grupo Sambadeiras de Bimba, Filhas de Biloca
  • Neta do Mestre Bimba


As histórias e trajetórias dessas líderes inspiram e demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa. As mulheres negras são guardiãs da cultura de terreiro e afro-brasileira, transmitindo saberes ancestrais, liderando comunidades e lutando por um mundo mais justo e igualitário.

Fotos e texto: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

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