Mulheres Negras nas Religiões Afro
Algumas Líderes Inspiradoras que Você Precisa Conhecer
O papel fundamental do matriarcado na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira
As mulheres negras sempre foram a base da comunidade afro-religiosa, assumindo um papel fundamental na preservação da cultura de terreiro e afro-brasileira. Sua força, sabedoria e ancestralidade são alicerces que sustentam as religiões de matriz africana e inspiram a luta por justiça social e igualdade racial.
Neste artigo, destacamos algumas líderes inspiradoras que demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa:
* Mãe Stella de Oxóssi (Candomblé):
- Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé da Bahia.
- Reconhecida por sua liderança, luta pela preservação da cultura afro-brasileira e combate ao racismo religioso.
- Professora, escritora
- Recebeu a Ordem Nacional do Mérito Cultural e o Prêmio Juventude Negra.
* Yalorixá Iyá Naso (Umbanda):
- Fundadora do Terreiro de Umbanda Tenda Espírita São Jorge Guerreiro, em São Paulo.
- Dedica sua vida à caridade, ao auxílio social e à promoção da Umbanda como religião de paz e amor.
- Recebeu o título de "Doutora Honoris Causa" pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
* Mãe Beata de Yemanjá (Candomblé):
- Yalorixá do Ilê Axé Yemanjá Assabá, em Salvador.
- Reconhecida por sua sabedoria ancestral e conhecimento profundo da cultura afro-brasileira.
- Dedicou-se à formação de novos líderes religiosos e à transmissão dos saberes tradicionais.
Mãe Carmen de Oxum (Candomblé):
- Yalorixá do Ilê Axé Oxum Mirim, em Recife.
- Atua na defesa dos direitos das mulheres e na luta contra a intolerância religiosa.
- Participa ativamente de movimentos sociais e políticos pela igualdade racial.
Ekedi Jurema de Oxum (Jurema Sagrada):
- Sacerdotisa da Jurema Sagrada, tradição afro-brasileira com forte presença indígena.
- Dedica-se à preservação da cultura e dos saberes ancestrais da Jurema.
- Promove a integração entre as diferentes tradições afro-brasileiras.
- Sacerdotisa em Brasília cujo terreiro sofreu um incêndio
- Ativista do Movimento Social Civil Organizado
- Lutadora pelos direitos Humanos e Liberdade Religiosa, com atuações não só em Brasília como em diversos estados brasileiros
- Integrante de diversos movientos de defesa de liberdade religios
- Participante da RENAFRO NACIONAL
- Coordenadora da RENAFRO CENTRO OESTE
- Presidenta e Maestrina do mais antigo grupo afro percusivo de Brasília
- Mestranda em Capoeira
- Iyá Temin da Corte da Planta Myllegy (nação Djedje)
- Ajoyê
- Capoeirista
- Presidenta do Grupo Sambadeiras de Bimba, Filhas de Biloca
- Neta do Mestre Bimba
As histórias e trajetórias dessas líderes inspiram e demonstram a importância do matriarcado na comunidade afro-religiosa. As mulheres negras são guardiãs da cultura de terreiro e afro-brasileira, transmitindo saberes ancestrais, liderando comunidades e lutando por um mundo mais justo e igualitário.
Fotos e texto: Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ
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