terça-feira, 2 de janeiro de 2024

 A PRAINHA COM MUITO AXÉ!



    A virada de Ano na Praça dos Oríxás - Prainha  em Brasília foi um sucesso que levou milhares de pessoas a comemorar o desejo de novos tempos  naquele lugar Sagrado para as Comunidades das Religiões de Matrizes Africana e Ameríndias. No Sábado tivemos o plantio da Árvore Sagrada Irôko por crianças de nossa Comunidade representando todos os segmentos. No local também tivemos Praça da Alimentação onde se podia comer uma comida tradicional especialmente o Acarajé, também fez sucesso a parte da Feira onde expositores vendiam seus produtos alavancando a Economia Solidária de nossos produtores artesanais e demais produtos como roupas, panos, atabaques, canecas, camisas e demais acessórios inclusive ritualísticos. A todo momento chegavam pessoas sozinhas ou em coletivo representando suas casas de Axé para ofertarem suas oferendas à Iyemonjá e aos Orixás que regem o ano Exú e Obaluayê. No sábado, teve também na parte religiosa além do plantio o Entardecer dos Ojás coordenado por Pai Joel de Oxalá que também junto com Mãe Darilene ficaram responsáveis pela ornamentação do espaço da Prainha para receber todos os presentes nas festividades. Na parte cultural de sábado tivemos a participação do Grupo Cultural Obará, Renata Jambeiro, 7 na Roda com a convidada Kiki Oliveira, e o encerramento com Dhi Ribeiro. No Domingo a movimentação na Praça dos Orixás começou cedo com afro religiosos e simpatizantes chegando a todo momento para renderem suas homenagens. Ao Sagrado. A parte cultural começou com a apresentação da Bateria Show da Aruc, Samba e Magia, Bom Partido e Carol Nogueira. 




    Depois as apresentações culturais deram lugar para as manifestações religiosas da Comunidade Afro Religiosa e Ameríndias, iniciando com um cortejo de representantes da Umbanda, sob o Comando de Mãe Cícera e Mãe Beth de Iansã com um casal de umbandistas caracterizados de Exú e Pobo N'Zila caminhando até a estátua de Exú para entregarem as oferendas e iniciarem os trabalhos religiosos. Apos a entrega a Exú e a entrega dos balaios a Oxun e Iyemonjá, deu-se início aos toques de Candomblé sob o comando de Mãe Darilene, Mãe Baiana e Pai Joel de Oxálá, que culminou com a entrega dos balaios no lago durante a tradicional queima de fogos. Após a queima de fogos inciou uma gira de Exú até o reinicio das apresentações culturais. O retorno das apresentações culturais iniciou-se com o Asé Dudú fazendo um arrastão conduzindo os presentes até a frente do palco onde realizou sua apresentação, após a apresentação do Asé Dudú, foi a vez do Grupo Obará reapresentar, o encerramento das apresentações culturais ficou a cargo do Malê Debalê, banda baiana que com muito Axé também colocou todo mundo pra dançar. Um dos pedidos de muitos presentes é que a parte religiosa fossa ampliada já que o Espaço é dos Oríxás e a origem da festa é afro religiosa, fruto de um esforço da Comunidade das Religiões de Matrizes Africana e Amerídia tendo no passado nomes como: Pai Paiva (criador das festividades), Mãe Marinalva sua sucessora, Pai Gabriel de Oxálá entre outros, Atualmente tem tido a continuidade das festividades graças ao trabalho das Entidades da Sociedade Civil Organizada ligadas a defesa da Comunidade Afro Religiosa de Brasília. A organização geral da festa ficou sob o comando de Dorival e Alexandre representando a CRESCE-DF, vencedora do edital. A Comunidade Afro Relgiiosa de Brasília agradece ao GDF na pessoa do Sec, de Cultura do DF - Claudio Abrantes, que não poupou esforços para que a festa da Prainha tivesse a Dignidade e Respeito que Nossa Comunidade merece. A organização do evento foi discutida intensamente com representantes da Comunidade Afro Religiosa de Brasília que montaram uma frente composta por líderes religiosos da Comunidade, o sucesso foi tanto que o Secretário em público durante sua fala afirmou que esta Frente agora participará das discussões das atividades culturais de Brasília onde se discutirá e organizará a participação da Comunidade de Religiões Afro e Amerindias..
Textos e fotos. Ògan Luiz Alves/PROJETO ONÍBODÊ

































































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