Mais um ato de intolerancia!
Fonte: Jornal Folha Popular
*Foto: Imagem de Exú coberta durante uma vigília evangélica no Centro de Referencia da Cultura Afro-Brasileira
A ação do grupo evangélico que cobriu imagens de orixás, derrubou
esculturas artísticas e virou contra parede quadros que fazem alusão aos
símbolos de matriz africana na cidade Lauro de Freitas, no ultimo dia
09 de novembro, desperta a sociedade, as
autoridades religiosas e políticas para um importante debate que não
pode mais ser ignorado. O ódio religioso.
A tentativa de negar as variantes africanas no Centro de Referencia da Cultura Aro-Brasileira se constitui numa grave ameaça a constituição e pode ser o anunciar de uma crise social que pode trazer consequências terríveis a sociedade se as autoridades instituídas não tomarem providencias enérgicas e imediatas.
Cobrir as imagens dos orixás e virar os quadros pra a parede é negar a essência de um povo. É destruir a história de homens e mulheres que durante séculos pautaram suas vidas na luta contra o racismo e a escravidão.
A interferência de vereadores na condução de ações religiosas precisa ser debatida de forma séria pela mesa da Câmara Municipal pois este estopim do ódio pode correr o risco de ter sido gerado a partir da ação de um parlamentar.
E por fim, o executivo precisa a partir do Departamento de promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Cultura, Conselho Municipal de promoção da Igualdade e Secretaria de Mulheres propor um debate que assegure a livre manifestação da fé, ao mesmo tempo em que garanta a integridade de símbolos sagrados, dos espaços de referencia e do patrimônio material e imaterial de um povo que de forma pacifica e ordeira vem construindo os pilares dessa nação.
A tentativa de negar as variantes africanas no Centro de Referencia da Cultura Aro-Brasileira se constitui numa grave ameaça a constituição e pode ser o anunciar de uma crise social que pode trazer consequências terríveis a sociedade se as autoridades instituídas não tomarem providencias enérgicas e imediatas.
Cobrir as imagens dos orixás e virar os quadros pra a parede é negar a essência de um povo. É destruir a história de homens e mulheres que durante séculos pautaram suas vidas na luta contra o racismo e a escravidão.
A interferência de vereadores na condução de ações religiosas precisa ser debatida de forma séria pela mesa da Câmara Municipal pois este estopim do ódio pode correr o risco de ter sido gerado a partir da ação de um parlamentar.
E por fim, o executivo precisa a partir do Departamento de promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Cultura, Conselho Municipal de promoção da Igualdade e Secretaria de Mulheres propor um debate que assegure a livre manifestação da fé, ao mesmo tempo em que garanta a integridade de símbolos sagrados, dos espaços de referencia e do patrimônio material e imaterial de um povo que de forma pacifica e ordeira vem construindo os pilares dessa nação.
Ricardo Andrade
Gerente de Ações Afirmativas do DPIR
Coletivo de Entidades Negras
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