quarta-feira, 25 de março de 2009

Vídeo Documentário "OGrito das Prisões"

Aqui posto um vídeo documentário a qual tive um imenso prazer em trabalhar, pois me deu a possibilidade de rever conceitos e rever minha postura ante um mal que está tomando conta de nossa sociedade. Acompanhar a CPI do Sistema Carcerário para produzir um material fotojornalístico foi meu presente do ano passado que com certeza me acompanhará pelo resto de minha vida profissional e pessoal. Foram meses de visitas aos Presídios Federais e Estaduais bem como cadeias públicas onde pude ver a real situação da populão carcerária de nosso país. Internos dormindo com porcos em Mato Grosso, Mulheres agredidas, violentadas e confinadas em containers de metais ( tipos os de navio que foram transformados em cela). Presos por pensão alimentícia por mais de três anos. Presos torturados, penas vencidas. Superlotação de celas como a que encontramos em contagem Mnas Gerais cujas celas haviam mais de 50 presos obrigando-os a se revesarem para dormir sentados e a derrubada da parede do banheiro. Em Valparaizo na cadeia pública superlotação, celas com 40 presos comida azêda sendo servida. Em Luziania preso com chagas no rosto junto com os demais. Não estou aqui querendo dar uma de advogado do diabo, se erraram perante a sociedade é claro que devem pagar suas penas perante a mesma, mas ocorre que o sistema carcerário brasileiro da forma como atualmente vem tratando de seus internos não recupera ninguém princípio básico da detenção recuperar o indivíduo para que o mesmo possa retornar ao convívio da sociedade. Mas como recuperar? O que acontece com um cidadão até então sem problemas com a justiça e que não tem a índole do crime que derepente por uma virada da vida pode ser ver encarcerado com pessoas de alto risco? Dizem que na cadeia tem dois tipos de gente: O Otário e o Malandro. O otário é o que não tem a índole para o crime que foi parar lá por uma discusão no trânsito ou mesmo o não pagamento de uma pensão alimentícia, o esperto eles julgam os que são os voltados para o crime. É possível imaginar? Outra coisa é entendermos as prisões e cadeias como armários que vão se abarrotando de roupas e ao abrirmos todas as roupas caem por cima da gente. Na realidade uma verdadeira panela de pressão preste a explodir em nossa cara em quem pagará por isso? Nossos filhos, mulheres e nós mesmos. Já que é para recuperar, porquê não fazê-lo de forma correta?

Luiz Alves

Um comentário:

  1. è muito importante este tipo de comentário, visto que nossos presidios sao verdadeiras escolas do crime.È preciso buscarmos sempre alternativas entre punição e recuperação dos presos para a propria segurança da sociedade.

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